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Talvez a solução para a Praça Saturnino de Brito seja mais simples do que pensamos. Tentarei mostrar que é possível “transformar este limão em uma limonada”. Os jovens adoram a praça. Ou melhor, os jovens adoram “o Brahma”. Somente quem não vai lá chama o local de praça. Mesmo os jovens que não têm idade para beber ou que não vão lá conhecem o local por “o Brahma”. E aquela reunião é um evento. É o carnaval do fim de tarde. Se tivéssemos idade e disposição, talvez também estivéssemos lá. Mas aquela reunião não traz só alegria, e, assim como muita gente se diverte, muita gente sofre.
Todo mundo já ouviu falar na dificuldade de construir um “ponto”. E as junções de rua sempre aconteceram naquela região (lembram do “Zip Dog” e outros?). Ou seja, o “negócio” está ali, só esperando a comunidade organizá-lo e tirar proveito. E com organização e muito trabalho, talvez seja possível. E o “ponto” é ali mesmo, inclusive, por ser uma região residencial que fica perto do Centro. Parte dos frequentadores mora por ali.
A cidade poderia “lucrar” com aquele ambiente. Não apenas em R$, mas principalmente em cultura. Afinal, aquele local é uma extensão de todas as nossas várias escolas e universidades. E, certamente ali, como em qualquer intervalo entre aulas, além de grandes amizades, também podem nascer grandes ideias. É exatamente pelo clima descontraído que os jovens querem ficar ali até a madrugada.
Mas é preciso organização, pois, afinal, não vamos esquecer que aquele local é atrativo exatamente por ser uma região residencial. Apenas como ilustração, podemos ter uma limitação parecida com a que acontece em outras cidades. Por exemplo: música até 20h; sem música das 20h às 23h; e tudo fechado a partir das 23h. Afinal, seja você estudante, seja você trabalhador, você precisa dormir.
É preciso um grande investimento em organização. E esse investimento não será em vão: a cidade só vai reforçar a sua fama de Cidade Cultura.